quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Lula VS FHC: Uma visão equivocada

Aécio Neves

Opartido precisa ter posições "mais claras em relação a diversos temas", com o objetivo de enfrentar a estratégia do presidente Lula de tentar transformar a eleição em uma disputa plebiscitária entre sua gestão e a do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Embora faltem alguns meses para o início oficial da corrida eleitoral, o PT já dá como consolidada a candidatura da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, à sucessão presidencial.

Na visão do governador de Minas, trata-se de uma "comparação equivocada". Segundo ele, o grande mérito do governo Lula foi a "continuidade" da gestão FHC em "questões fundamentais", como a condução da política macroeconômica e o "aprofundamento" das políticas sociais. "Por mais que alguns petistas não gostem".

Comentem.

Luz para todos (as)

Efeito Dilma, ou efeito Temer, jogo é jogado?

Após declarações de Lula sobre os possíveis vices na chapa de Dilma e sua lista tríplice do PMDB, os efeitos foram imediatos, bem como as respostas do que do JOGO fazem parte.

Eleito por como presidente do PMDB de Minas Gerais, o Deputado Antônio Andrade (candidato da oposição a Hélio Costa) já deu o TOM para os petistas e mandou recado para Lula.

O PMDB em Minas Gerais apoiará Dilma se o PT apoiar nosso candidato ao governo. Como o PT tem 02 bons nomes a sucessão de Aécio, é um escolha interna. O Antônio deixou de dizer é que o PT Mineiro tá RACHADIM, RACHADIM.

Contrariando meu querido colega Sacripanthas que disse que Michel Temer jamais teria dito que gostaria de ser vice de Dilma, (acho que não anda lendo muitos jornais e nem conversando nos bastidores), o dito cujo, já soltou o verbo, dizendo que o PMDB é governo é fim de papo.

Diante desses entrelaços políticos Serra e Aécio estão quietos, observando o jogo. Contudo Aécio anuncia que não será candidato em janeiro (pra mim só vai formalizar, pq sai mesmo para o Senado), abrindo caminho para o Serra entrar de vez no jogo. Aliás o termo correto não seria entrar, mas não sair dele, porque será o único no PSDB a pleitear o posto. Fico pensando como Serra se saírá eleitoralmente em Minas Gerais, porque os mineiros não são muito fãs dele. Mesmo Aécio fechando integralmente com Serra, sei não viu. O palanque Petista aqui é enorme e tem o ministro do Bolsa Família e o melhor prefeito do país por 04 vezes. Será interessante...

Em conversa com amigos (as) deputados, adeptos da teoria da Conspiração, vejam só o que já ponderam:

Aécio sai do jogo nacional. Serra é o único candidato. daí...

Para resolver o problema do PT em Minas, o PMDB dá o vice de Dilma, mas não Temer e sim HÉLIO COSTA (por falar bem com o globo).. Putz que doideira...mas vejam só..

Patrus Ananias seria o candidato petista ao governo de Minas (mas e Pimentel???),

Iria para a coordenação de campanha de Dilma (como são amigos..)

Aécio poderia descontar em Patrus a derrota de 1992, mas agora no governo de Minas

Serra disputa com Dilma, tenta implacar Alkimin ou outro qualquer e tentar CALAR de vez por todas seu rival Ciro Gomes.

Achei interessante por aí coloquei aí. E vc s o que acham?

O dilema de Serra

Quando avaliou que o caminho seria complicado, abriu mão do direito que seus companheiros lhe davam. Passou a batata quente para o Alckmin.

Às vezes, quem está de fora do mundo político não entende bem o porquê de determinadas questões que preocupam quem está dentro. Por exemplo: por que os profissionais do ramo sempre falam nas dúvidas que o governador José Serra teria de assumir sua candidatura presidencial? Qual seria o fundamento dessa conversa, se ele tem uma vantagem tão confortável nas pesquisas?

O cidadão comum está acostumado, ao contrário, a ver candidatos que ostentam intenções de voto como as dele, na casa dos 40%, ficar inteiramente à vontade. Quem já não viu o sorriso do político que alcança esses píncaros e que lá permanece durante meses e meses? Tudo nele transpira autoconfiança, sua voz, seus gestos, suas ações. Ninguém precisa lhe perguntar se vai ser de fato candidato. E ai de quem especular sobre se sua vontade é firme ou se vai refugar na hora H.

Serra dá sinais de muitas coisas, menos desse à vontade. Ao seu redor, assessores e aliados insistem em dizer que sua decisão está tomada faz tempo e que é inabalável. Nada faria com que abrisse mão da disputa pela Presidência, pois ele não trabalharia com a hipótese de se contentar com a reeleição em São Paulo.

PORQUE, ENTÃO, essas suspeitas permenecem no MEIO POLÍTICO?

Mesmo agora, depois que Aécio Neves deixou o campo livre para ele?

alvez a explicação esteja na personalidade do governador, que o leva a ter dificuldade de transmitir a seus interlocutores, no plano do comportamento, a mesma segurança que transmite nas ideias e convicções.

Talvez tudo venha do que ocorreu em 2006. Quem conhece em algum detalhe a história do processo pelo qual passaram os líderes tucanos, sabe que não é impossível que Serra deixe todo mundo esperando e termine por optar pela linha de menor risco. Enquanto achou que poderia derrotar Lula com facilidade, se manteve no páreo. Quando avaliou que o caminho seria complicado, abriu mão do direito que seus companheiros lhe davam. Passou a batata quente para o Alckmin.

Se esse episódio estabelece um padrão, quem sabe ele não se repete ano que vem? Será que o governador, desta vez, vai mesmo? Ou será que está ainda esperando para saber como é que as coisas vão ficar?

Curiosamente, tudo tem a ver com as pesquisas. As mesmas que o tornaram uma espécie de inevitabilidade, a partir de quando apontaram seus 40%. O número falou alto, apesar de sua falibilidade e da óbvia inconveniência de que substitua a escolha política.

Andamos quase três anos e a bola continua com as pesquisas. De novo, serão elas que vão ditar o que o governador fará e, por conseguinte, o que farão as oposições, pois foi assim que elas se colocaram: no aguardo de Serra.

O problema para o governador é que, nem tão cedo, as pesquisas nacionais lhe darão a certeza que quer. De que vai ganhar e aí deixa para trás as preocupações e abraça a candidatura a presidente. Ou de que vai perder, o que faria com que preferisse a alternativa paulista, em relação à qual se sente seguro.

Serra quer que o relógio da política obedeça a seu ritmo, andando devagarinho enquanto pensa e faz cálculos. Foi bom para seus aliados que, em 2006, ele se convencesse cedo de que não valia a pena se arriscar. Em 2010, no entanto, parece que vai prolongar-lhes a agonia. Menos de Aécio, que, conforme disse, readquiriu o controle de seu próprio tempo.

De tudo isso, um registro a fazer. Serra, ao longo de sua carreira no Congresso e no Executivo, é um dos políticos brasileiros que mais se empenhou em disciplinar e estabelecer controles para as atividades de pesquisa no Brasil. Talvez porque não consiga se libertar delas.

Sociólogo e cientista político, Marcos Coimbrã

Reinaldo Azevedo: Serrista por Conviccao ou de Ocasião?

“Serra critica política econômica, mas elogia BNDES

deu no correio Brasiliense

http://www.correiobraziliense.com.br/app…

O governador de São Paulo, José Serra (PSDB), criticou hoje a política econômica do governo federal, mas fez ressalvas ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que recebeu elogios por sua política de financiamento de obras de infraestrutura no país, especialmente na área de transporte.

“Todo o Brasil sabe que eu tenho divergências sobre a política econômica do governo federal, que, em seu conjunto, tem partes corretas e partes erradas”, afirmou o governador. “A errada é a política monetária e de câmbio, que, aliás, prejudica as atividades de produção de bens e equipamentos porque a indústria se torna pouco competitiva. O estrangeiro cada vez mais pode vender mais barato ao Brasil porque o dólar tem um valor irreal, e isso está acontecendo de novo”, disse Serra.

“Agora, tem o lado certo da política econômica do governo, e um desses aspectos é a política do BNDES. Queria publicamente aqui congratular a ação que o banco vem fazendo sob a presidência de Luciano Coutinho. Não estou dizendo isso porque o Luciano é meu amigo, colega da Universidade de Campinas e estudou na mesma universidade que eu nos Estados Unidos. Estou fazendo uma homenagem que faria a uma pessoa como homem público, pelo trabalho que vem fazendo”, declarou.“

E tem mais:

““Temos de defender o BNDES, o FAT e essa prática de o FAT financiar o desenvolvimento porque ela está sempre sob perigo. Vive tendo gente escrevendo contra isso e, se no futuro pudessem, fariam uma modificação. Mas no caso teriam de passar pelo nosso cadáver, coisa que não vai acontecer porque ainda vamos viver muitos anos”, afirmou.

“Quero dizer também que o BNDES empresta recursos do FAT, que não são recursos subsidiados. Tem muita gente neoliberal em economia dizendo que para baixar juros não tinha que ter juro oficial, tinha que nivelar tudo. Aí ninguém conseguiria investir em nada, até porque no Brasil não tem financiamento interno para trens. Ou pega lá fora ou pega do BNDES. Vocês imaginam se tirarem esse dinheiro”, afirmou. “O FAT foi resultado de uma iniciativa minha na Constituinte. Na época eu coloquei 40% para ser investido a cada ano no BNDES. Deveria ter posto 80%, mas na época parecia bastante.”

***

Pois é, o apoio do Tio Rei a Serra fica cada vez mais estranho.

Por exemplo, Tio Rei vive dizendo que a única virtude do governo atual é não ter destruído a política econômica do governo anterior. Mas Serra critica a atual política econômica _ tal como criticava a política econômica anterior. Aliás, basta ver as críticas dele à política cambial para vermos onde é que ele pretende parar.

Por outro lado, Serra elogia o BNDES. Eis, por exemplo, o que Tio Rei acha do BNDES:

“Lula mudou uma lei apenas para permitir que Sérgio Andrade, seu amigo, principal financiador de sua campanha e um dos donos da Oi, comprasse a Brasil Telecom. Não! Escrevi errado: ele mudou a lei para LEGALIZAR uma compra que já havia sido feita. Mas não só isso: o BNDES, um banco público, foi um dos financiadores da operação. Dada a seqüência temporal, um banco oficial se comprometeu a financiar uma operação ilegal. Mas se tinha a certeza de que o Apedeuta cumpriria a sua parte. E ele cumpriu. Fundos de pensão – vale dizer: sindicatos de estatais – são donos de uma parcela da Oi. Assim, dinheiro público, do BNDES, financia a fatia do “privatismo” do sindicalismo petista – que é onde, hoje em dia, está o dinheiro.”

Além de continuar repetindo uma mentira esperando que ela se transforme em uma verdade _ o governo não teve que alterar Lei alguma para viabilizar a fusão da BrT com a Oi _ Tio Rei mete o malho no BNDES.

Então, porque é que Tio Rei apóia Serra? Das duas uma:

a) Ou o problema dele não é de fato o BNDES ou a política econômica, mas apenas um compromisso de apoiar Serra (e aí entra a minha suspeita de que ele seja apenas a linha auxiliar para atrair a direita para Serra);

b) Ou ele detesta tanto a esquerda a ponto de apoiar Serra como o que percebe ser o menor dos males.

“Opiniões?”


FONTE: blog hermenauta