Por Mauro Framke Cappelano Prezado leitor! –Você alguma vez se sentiu com estive no olho de um furacão? Então imagine-se em um lugar onde em volta tudo parece negro, se movimentando em louca rotação e velocidade, e você lá, bem no meio daquele gigantesco fenômeno da natureza. E aquela sensação de terror, medo incontrolável, angústia perversa tomando conta de sua alma! Pois eu já me senti assim!
Foi esta a exata sensação em minha derradeira experiência em um pronto-socorro público onde um parente querido foi internado.
Descrever em palavras é absurdamente difícil, quase impossível. Em primeiros momentos parece haver mais seguranças do que médicos! E depois, você se sente impotente ante o descaso e mau atendimento dado ao paciente. Pois na sua frente, o médico passa como se você fosse invisível, e o doente um bonequinho de brinquedo. Médico-chefe, nem pensar, somente os assistentes e estagiários andando de um lado para o outro, parecendo ignorar tudo ao seu redor.
Cheguei ao cúmulo de presenciar, já que eu era transparente aos funcionários, um destes jovens “quase-médicos” fazer o diagnóstico de meu pai usando um pequeno palmtop. Foi então que o terror desabou sobre mim, e me veio uma dúvida: -E se a pilha do pequeno computador de mão acabasse? Eu vi o olhar de absurdo medo na face de muitos pacientes, que contrastava com a gelada face de quem os atendia! Não preciso dizer que aquilo mais parecia um grotesco laboratório, onde pacientes eram usados para que “quase-médicos” praticassem seus desconhecimentos de medicina. Pois caro leitor eu vi absurdos, e me senti como se estivesse no coração daquelas pessoas, entulhadas em pequenas salas, esperando por um atendimento decente! Sentia seu palpitar, a sensação do sangue delas correndo por minhas veias, seus olhos nos meus, e a suas aterradoras sensações de morte subindo pelas minhas pernas. Acho que não existe a necessidade de dizer que meu parente faleceu, em “hora ignorada”! Então, vou resumir para vocês toda esta emocionada narrativa em duas palavras:
-Saúde pública!
Enquanto existirem “Subcomissões Permanentes de Promoção do Acompanhamento e Defesa da Saúde”, nossos hospitais públicos, principalmente em regiões no norte e nordeste do país, continuarão a nos proporcionar historias fantasmagórica como a minha. Ou até coisa pior! A burocracia neste atual governo chegou ao seu ápice, com comissões e subcomissões discutindo o que acontece de errado na saúde, e o porquê das verbas não chegarem a contento nos hospitais. E tentando, inclusive, saber a razão sobre o mau uso dos repasses do SUS, fato crônico em todo país. Santo seguro-saúde acuda aos doentes deste país!
-Mas e quem não pode pagar?
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Deixe seu comentário. Sua opinião é muito importante para nós.
Importante:
Nome e e-mail são fundamentais para nós. Seja um seguidor. E se tiver um BLOG, deixe seu link aqui para fazermos uma visita, porque ninguém cresce sozinho. Abs
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Deixe seu comentário. Sua opinião é muito importante para nós.
Importante:
Nome e e-mail são fundamentais para nós. Seja um seguidor.
E se tiver um BLOG, deixe seu link aqui para fazermos uma visita, porque ninguém cresce sozinho. Abs