Lula quer Serra como rival
Planalto avalia que seria mais fácil vencer governador paulista, já que teme crescimento de Aécio em função de sua boa relação com o PMDB e a esquerda e capacidade de articulação
Daniel Pereira .
Brasília – Não são apenas o DEM e uma parcela dos tucanos que estão preocupados com a demora do governador de São Paulo, José Serra (PSDB), para assumir, em público, sua pré-candidatura à Presidência da República. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ministros da coordenação política monitoram os humores de Serra, sobretudo a possibilidade de ele desistir da corrida ao Palácio do Planalto. Para Lula, o ideal é a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, enfrentar o paulista em 2010. Afinal, seria mais fácil a “mãe do PAC” vencê-lo do que derrotar o governador Aécio Neves, o outro presidenciável do PSDB.
“A Dilma chegou a 20% das intenções de voto. Já está bom. Vamos torcer para ela não subir mais até o fim do ano. Assim, o Serra não desiste”, diz, num misto de seriedade e brincadeira, um dos ministros mais influentes do governo. Os boatos sobre a desistência do governador, que tentaria a reeleição ao Palácio dos Bandeirantes, correm os meios empresarial e político paulistas, com repercussões nos bastidores de Brasília. Em público, no entanto, ninguém admite tal possibilidade.
Apesar de aparecer com pelo menos 40% nas pesquisas de intenção de voto, Serra é considerado por Lula um concorrente menos difícil de ser batido devido, entre outros, às alianças que fechará no próximo ano. Mantido o cenário atual, ele marchará ao lado do DEM e do PPS. Fechará uma coligação pequena, formada pelos oposicionistas mais ferrenhos, os quais, segundo auxiliares de Lula, não têm votos e estão perdendo espaço eleição após eleição.
Aécio tem cerca de 15% da preferência do eleitorado, de acordo com pesquisas recentes. Mas, segundo governistas, conta com trunfos para dar uma arrancada em 2010. Neto do ex-presidente Tancredo Neves (PMDB), ele seria capaz de encerrar o noivado dos peemedebistas com Dilma e fechar uma parceria com o maior partido do país. Aécio também mantém ótima relação com legendas de esquerda. São frequentes as aparições públicas do governador ao lado do deputado federal Ciro Gomes (CE), pré-candidato do PSB à Presidência.
Lula quer tirar Ciro da disputa presidencial. Assim, espera que os votos dele migrem para Dilma. Essa transferência é dada como certa caso o adversário seja o governador de São Paulo, José Serra. Se for Aécio, a situação muda. Na semana retrasada, o governador mineiro e o deputado se encontraram e, juntos, conversaram com a imprensa. Ciro aproveitou para desancar com Serra. “Os métodos dele são conhecidos. Ele não enfrenta adversários com as linguagens naturais do antagonismo político-eleitoral. Trata-os como inimigos a serem destruídos”, criticou o parlamentar. Aécio não interveio.
Para governistas, Serra tem outra desvantagem: menos trânsito no sistema financeiro e no setor produtivo. As relações do governador com os usineiros paulistas, por exemplo, são conturbadas. Em conversa com o Estado de Minas na quarta-feira, um ministro se divertia com o fato de o mercado prever taxas de juros mais altas em 2010 devido à liderança de Serra nas pesquisas. O tucano seria alvo da mesma fritura que fustigou os calcanhares de Lula na campanha de 2002. “Ele poderia ser um dos nossos”, disse o ministro, referindo-se às opiniões semelhantes de Serra, Dilma e Lula sobre política monetária.
domingo, 28 de junho de 2009
Lula com "Medinho" de Aécio, então pede pra sair.
Fonte Uai – Jornal Estado de Minas
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Concordo que o nome de Aécio Neves é forte, tem atuado com eficiência e legetimidade em Minas.
ResponderExcluirPorém, ficamos felizes que o General Heleno seja sua segunda opção, pois nossa intenção primeira é trazer o BRASIL aos caminhos seguros da dignidade!
Fraternal Abraço,
http://generalhelenopresidentedobrasil.blogspot.com/